quinta-feira, 9 de outubro de 2014



Agradeço,  alma fraterna e boa,
O amor que no teu gesto se condensa,
Deixando, ao longe, a festa, o ruído e o repouso
Para dar-me a presença…
Sofres sem reclamar, enquanto exponho
Minhas ideias diminutas
E anoto como é grande o teu carinho,
No sereno sorriso em que me escutas.
Não sei dizer-te a gratidão que guardo
Pelas doces palavras que me dizes,
Amenizando as lutas que carrego
Em meus impulsos infelizes…
Auxilias-me a ver, sem barulho ou reproche,
Dos trilhos para o bem o mais perto e o mais curto,
Sem cobrar pagamentos ou louvores
Pelo valor do tempo que te furto.
Aceitas-me, no todo, como sou,
Nunca me perguntaste de onde vim,
Nem me solicitaste qualquer conta
Da enorme imperfeição que trago em mim!…
Agradeço-te, ainda, o socorro espontâneo
Que me estendes à vida, estrada afora,
Para que as minhas mãos se façam mensageiras
De consolo a quem chora!…
Louvado seja Deus, alma querida e bela,
Pelo conforto de teu braço irmão,
Por tudo o que tens sido em meu caminho,
Por tudo o que me dás ao coração!…



(Francisco Cândido Xavier, por Maria Dolores.
In: Antologia da Espiritualidade)

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